Médio regressa ao clube que o viu nascer para o estrelato a nível profissional, em 2016. Cerca de oito anos depois, volta à ‘casa de partida’, após um período marcado por várias lesões musculares.
Costuma-se dizer que não se deve regressar a um lugar onde já se foi feliz, mas Renato Sanches decidiu deixar para trás este chavão e regressou ao Benfica. Cerca de oito anos depois de ter partido do Estádio da Luz, o médio está de volta a uma ‘casa’ que bem conhece, para tentar relançar uma carreira marcada por altos e baixos.
Chave na conquista do campeonato de 2015/16, na altura, sob a orientação de Rui Vitória – somou 35 jogos e dois golos -, Renato Sanches protagonizou a primeira grande venda de um jogador da formação encarnada, quando se mudou para o Bayern Munique.
O jovem, na altura com 18 anos, foi chamado para disputar o Euro’2016, ajudando Portugal a sagrar-se campeão europeu e sendo eleito o jogador jovem da competição. Além disso, o médio acabou por levar para casa o prémio de Golden Boy, que distingue o melhor jogador sub-21 a atuar na Europa e atribuído pelo jornal italiano Tuttosport.
A rápida ascensão aguçou o apetite dos ‘tubarões’, e o médio rumou ao Bayern Munique, nesse verão, a troco de 35 milhões de euros, num negócio que podia alcançar 80 milhões de euros. À época, Sanches tornou-se no primeiro futebolista português da história a representar o ‘gigante’ da Baviera.
As lesões na Alemanha, a ida para Inglaterra e mudança para França
A ida para a Alemanha deu início a um calvário de problemas físicos que têm marcado os últimos anos da carreira de Renato Sanches. O médio não teve o sucesso desejado num dos grandes clubes europeus, e somou apenas 53 partidas em três anos pelos bávaros. Pelo meio, seguiu para os galeses do Swansea, da Premier League, onde também foi muito afetados pelas lesões.
Em 2019, o Lille resgatou o internacional português ao Bayern a troco de 20 milhões de euros e o médio conseguiu recuperar o sorriso que tinha escapado desde a saída da Luz. Pese embora os problemas musculares continuarem a afetar a sua prestação no relvado, a verdade é que Sanches se reencontro com o bom futebol, nos dogues. Em três temporadas no conjunto francês, cumpriu 91 jogos e marcou sete golos, vencendo uma Ligue 1 (2020/21) e uma Supertaça de França.
Sanches parecia ter deixado os ‘fantasmas’ para traz das costas e foi, de novo, colocado à prova, num contexto superior. Em 2022, o Paris Saint-Germain decidiu pagar 15 milhões de euros e contratar o campeão europeu em 2016. Contudo, a ida para a capital de França não foi feliz para o médio português.
Falhanço em Paris e em Itália
O internacional luso vai para o terceiro ano de ligação ao PSG, mas pouco jogou na capital francesa. Aliás, Renato Sanches apenas esteve integrado no plantel dos parisienses no primeiro ano, já que, na temporada passada, foi cedido aos italianos da AS Roma, que, na altura, eram comandados por José Mourinho.
À semelhança do que aconteceu em Paris, a passagem pela capital italiana ficou marcada por intensos períodos de ausência. Sanches foi utilizado em 12 jogos, três dos quais como titular, e somou apenas um golo, numa época em que foi fustigado por lesões e acabou por ficar arredado das primeiras escolhas dos transalpinos, mesmo após a troca de Mourinho por Daniele de Rossi no comando técnico dos giallorossi.
Naquele que é o terceiro ano de ligação aos franceses, o médio luso, que é o quarto reforço do Benfica para a nova época, volta, agora, ao clube em que se formou e pelo qual se estreou na equipa principal com apenas 18 anos, à procura de se reencontrar com o bom futebol que o levou para o topo do futebol europeu em tenra idade. O médio escolheu utilizar o número 85 nas costas, no que parece ser uma tentativa de ‘reencarnação’ daquela que foi a primeira passagem pelo clube da Luz.